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Situada no topo da Serra Geral, Itaara foi distrito de Santa Maria por muito tempo. Em 1995, emancipou-se. Mais precisamente no dia 22 de outubro. Hoje, portanto, está completando 25 anos de emancipação política. Um jovem município, de um povo acolhedor e uma natureza exuberante.
Itaara é um nome que vem do tupi-guarani e significa pedra alta ou altar de pedra. Com uma população estimada de 5,5 mil habitantes, é formada por descendentes de alemães, judeus, italianos, portugueses, espanhóis e índios. E é reduto de muitos santa-marienses.
Tenho parentes, amigos e conhecidos que moram em Itaara. A maioria, pelo que sei, trabalha em Santa Maria. Também conheço pessoas que se aposentaram e foram de mala e cuia para lá. Sinto uma pontinha de inveja deles. Não que Santa Maria não seja boa para se viver. Mas eles têm natureza, verde em abundância, ar puro, temperatura amena, belezas naturais, calmaria e, por consequência, qualidade de vida.
Conheci melhor Itaara em 2017. Nessa época, eu e o saudoso amigo e poeta Humberto Gabbi Zanatta estávamos compondo bastante. Em certo momento, surgiu a ideia de fazermos uma música para Itaara. Afora a relevância do tema, tínhamos questões sentimentais para isso. O Zanatta teve seu pai morando os últimos anos de vida na cidade e eu, durante a adolescência e a juventude, frequentei os balneários da cidade, com boas lembranças que sempre guardei. Além disso, podemos dizer que, pela proximidade, todo santa-mariense é um pouco itaarense. Assim, nasceu a música Itaara, interpretada por Wilson Paim. Percebemos, também, que seria interessante fazermos um videoclipe. E fizemos.
Para captarmos material para o vídeo, adentramos na intimidade de Itaara. Surgiram imagens belíssimas, principalmente aéreas. Enquanto filmávamos, o Zanatta, que era uma enciclopédia ambulante, relatava detalhes da cidade. Uma aula de história e de conhecimentos gerais. Impressionante como sabia muito sobre quase tudo. No final das contas, lançamos o trabalho, que encontra-se disponível no YouTube.
Falo do videoclipe porque nele há um resumo de Itaara e suas riquíssimas belezas naturais. Em determinadas cenas, parece que estamos na Europa. É uma pena que, às vezes, não percebemos ou valorizamos pouco o que está do nosso lado. É aquela história do santo de casa que não faz milagre.
Itaara possui várias atrações para seus habitantes ou visitantes. Tem o Museu Internacional de Ufologia Victor Mostajo, o Cemitério Israelita Phillipson e Monumento Judaico, a Vinícola Velho Amâncio, a Igreja Santo Expedito, a Estrada do Perau, os balneários, as cascatas, dentre outros locais. Há, também, um espaço muito querido para quem cultua os eventos tradicionalistas, o CTG Querência do Pinhal.
Existe, ainda, um restaurante/pub diferenciado, que é o Parador 158. Com ótima gastronomia e decoração espetacular, é mais uma atração da cidade. Falando em gastronomia, não podemos esquecer o tradicional Restaurante Timbaúva, local aprazível e da boa comida caseira.Mas é do passado que vem um marco na história de Itaara: o Parque Oásis. Criado em 1984, numa iniciativa visionária do Padre Lauro Trevisan, funcionou por 20 anos. O local marcou gerações e, até hoje, desperta saudade e um sonho coletivo de que um dia possa retornar.
Parabéns, Itaara, pelos 25 anos. A natureza é teu cartão de visita.Parabéns ao povo itaarense. Como disse o Zanatta: "Itaara nos faz mais irmãos".